Pergunta-se se a existência do Universo implica necessariamente a existência de um Criador. Como sabemos pelas pesquisas científicas, a viabilidade do Universo como existente só ocorreu por uma série de coincidências que não possuíam, por si mesmas, as condições possíveis de sua viabilidade, não fosse a interferência de Algo Exterior que as combinasse. Sob a forma de singularidades, tais condições, tomadas isoladamente, jamais teriam condições de sair do caos primitivo em que se encontravam.
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A oclusão do tempo
Não há nada de mais natural, para nós, seres humanos, do que a constatação de que o tempo seja algo de muito real em nossas vidas, pela contínua transformação de tudo que ocorre ao nosso redor. Isto não obstante, atualmente, o astrofísico italiano CARLO ROVELLI, pensador extremamente inovador no campo das últimas pesquisas sobre o Universo, tem declarado que o tempo não existe, na forma com que os seres humanos o percebem, tendo em vista a variedade com que esse mesmo Universo se manifesta, bastando considerar o fenômeno das distâncias e a oclusão repentina dos fenômenos cósmicos.
A realidade, para nós humanos, não é material
O ser humano, desde o seu nascimento, possui uma capacidade explícita de espiritualidade, expressa em sua volição, ira ou amor, frutos de sua autonomia espiritual, coisas que os demais animais demonstram de uma forma apenas instintiva, nos indicando uma diferença ontológica em sua natureza. ARISTÓTELES, despertado por PLATÃO, foi o primeiro pensador a distinguir com clareza que tudo o que percebemos da realidade é composto por duas categorias distintas, a matéria e a forma, advindas da composição de nosso corpo e de nosso pensamento, que percebem coisas exteriores seja através de nossos cinco sentidos ou também através de nossa inteligência, esta movida por um princípio não material que a determina. Dessa forma, chegamos à conclusão que nossa capacidade de perceber coisas abstratas depende somente de nossa capacidade de pensar, como concluiu mais tarde o pensador francês RENÉ DESCARTES: cogito ergo sum (penso, logo existo).
A estupidez humana
A história da humanidade tem sido trágica no que se refere a eliminação violenta de seus semelhantes. Desde que surgiu, o animal humano não se cansa de matar outras pessoas, por motivos pra lá de bestiais. Parece que a alma humana sofre de uma estupidez mórbida pela morte, como bem frisou o Dr. FREUD.
Há um primado ético que se impõe
A ética, reflexão mental a respeito da moralidade de nossos comportamentos, envolve muitos aspectos complexos, tendo em vista seus condicionantes culturais, filosóficos ou religiosos. Por isso, no correr da História, têm sido bastante diversas as formas pelas quais ela se conceitua, revelando seus aspectos virtuais e contraditórios. Selecionamos três paradigmas para melhor conceitua-la, não deixando de reconhecer que eles constituem um tecido de mútua implicação.
A força consciente do Espírito
Como podemos constatar, diante da complexidade do real, há em nós a presença de uma intuição semelhante em todas as consciências individuais, procurando obter uma compreensão unificada para tudo o que ocorre e nos afeta. Ora, este comportamento peculiar só pode ter como causa a presença em nós de um Espírito Transcendente que nos capacita a ter essas aspirações, selos das características especiais que revestem nossa espécie.
Nós e as estrelas
Os poetas já disseram que somos filhos das estrelas e a ciência já confirmou que somos feitos das mesmas substâncias que compõem o orbe estelar. E assim, da mesma forma com que elas se comportam, resta para nós cumprir um destino semelhante ao delas, um nascer e um viver que muito devem se assemelhar.
Ser / não ser / vir a ser
Como se observa, a Natureza destrói para recriar. Sem essa destruição, ela não teria condições de se manter num processo contínuo de renovação. Nosso espírito, perspicaz como é, observa essa destruição como uma circunstância virtual, necessária para manter o Universo funcionando.
As virtualidades do Espírito
O virtual é o que existe na aparência, sem deixar de ser concreto. Esta é uma característica fundamental da Natureza e nos acompanha a cada passo, incentivada pelos avanços da tecnologia pós-moderna e nos assustam pelas conquistas alcançadas, facultando à espécie humana atingir coisas realmente inimagináveis, desde a comunicação a longas distâncias até as imagens virtuais de pessoas, permitindo um linguajar em viva voz.
A física atual nos indica: Deus existe
As constatações encontradas no mundo das micropartículas, no correr do século XX, por eminentes pesquisadores como MAX PLANCK, EINSTEIN, ERWIN SCHRÖDINGER e WERNER HEISENBERG, entre outros, , obrigam-nos a abandonar os padrões determinísticos das ciências físicas vigorantes até então, oriundas de ISAAC NEWTON e DESCARTES, pois, como demonstram agora os cientistas, o mundo dos átomos é completamente diferente das características mecânicas que aparentemente envolvem o mundo macro, tendo em vista que naquele mundo as reações são inteiramente diferentes. O milagre é como o próprio mundo macro pôde se organizar, tendo sua mesma origem nos átomos ondulatórios. Aqui, é a presença em nós de um Espírito que nos impõe um mundo organizado, mas virtual, consentâneo com Sua Natureza Transcendente. Então vejamos: