As dimensões transfigurantes

Nós humanos, reconhecemos nosso ambiente compreendido em três dimensões, cumprimento, planura e altura. Não obstante, a ciência tem verificado que o Universo envolve muitas dimensões e a teoria das cordas, uma das últimas no espectro microfísico, nos assegura que ele possui mais de dez dimensões (sic!). Dessa forma, pela ciência, também se constata que o Universo está recheado de dimensões transfigurantes, como ocorre na transformação do hidrogênio e oxigênio em água, e no surgimento de todas as combinações das substâncias.

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Os sete dons de nossa alma

A complexidade da existência em nós de uma alma que reage ao sabor de suas potencialidades, segundo suas origens não apenas genéticas, tem como diferencial uma autonomia de motivações que caracterizam a sua originalidade pessoal, a sua transcendência em marcar nossa personalidade.

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A vida, experiência micro-celular

Tratar o fenômeno da vida em suas diversas dimensões é tarefa profícua para nos aproximar da riqueza de seus aspectos semióticos, desde a sua presença em nível quântico, (intra-corpuscular), até atingir o nível biológico ou as demais dimensões em que ela se manifesta. Sem dúvida que a experiência da vida está presente em todas as manifestações do Universo, sendo ele mesmo dotado de autoconsciência (cfr. GOSWAMI, Amit, Universo Autoconsciente. SP, Ed Aleph, 2008). Constata-se, portanto, que a vida é um fenômeno recorrente que emoldura a própria riqueza da criação em seu design.

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A forma vem antes da coisa

A existência de algo que pudesse transcender a neutralidade da matéria surge com PLATÃO (sec IV a.C), ao considerar a forma das coisas como o seu princípio ontológico (eidos), sem a qual nada poderia ser o que é. Esta forma, portanto, constitui a essência de qualquer coisa, se colocando numa atmosfera de substancialidade, não de fenômeno.

Platão

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A criação trinitária

As pesquisas científicas até agora procedidas nos indicam que o Universo teve origem de uma forma complexa, variando desde uma criação a partir do nada (creatio ex nihilo), uma criação contínua (creatio continua), ou uma criação a partir de seu estado anterior (creatio ex vetere). Em perspectiva teológica, a criação a partir do nada está de acordo com a versão do Genesis (Gen 1,1), segundo a qual JAVEH no princípio criou o céu e a terra.

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Sudário e ressurreição

Permanece viva a polêmica sobre a autenticidade do lençol de linho que teria envolvido o corpo de Cristo, no momento de seu sepultamento e até hoje a Igreja não o legitima, por falta dos dados necessários à sua certificação. Pesquisas recentes por meio do carbono 14, afirmam que a imagem no tecido data do século XIV, o que comprovaria a sua fraude.

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Vivemos imersos em Universos Paralelos

A ideia da existência de Universos Paralelos surgiu a partir da física quântica, com a constatação de que nosso universo existe a partir de constantes cosmológicas, sem as quais ele não teria se formado: tais são a velocidade da luz, a força da gravidade, a coesão das micropartículas em Planck e Avogrado, etc, como formas de sustentação do equilíbrio do Universo. Dessa forma, se elas fossem diferentes, disso resultariam Universos Paralelos? Teoricamente a resposta é sim.

Santo Agostinho

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O inferno são os outros

Esta frase dita por J.P.SARTRE em 1944 durante a apresentação de sua peça teatral (Huis Clos), representa o ápice de uma cultura individualista que o século XXI não cansa de assumir, com todas as suas consequências maléficas, ocasionando a exasperação de uma política antissocial e egoísta que recusa assumir melhores condições de consideração a respeito da importância de nossa dependência para com os outros. Assim, aceitar o outro com suas virtudes e defeitos é um ato de caridade cristã que identifica nossas próprias qualidades humanas.

Sartre

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O espírito e seus significados

O ser humano possui uma capacidade ínsita de interpretar tudo que lhe ocorre, organiza ou pensa, graças a presença, em sua mente, de um Espírito que o inspira. Dessa forma, não há nada em nossa mente que não guarde um sinal, signo ou significado inerente a qualquer acontecimento de que temos ciência, colocando-nos, portanto, numa dimensão não natural, considerada transcendente.

A palavra semiótica nos vem do grego semeion, e foi desenvolvida com precisão pelo pensador americano Charles Sanders PEIRCE (1839/ 1914) em sua obra Semiótica (SP. Ed Perspectiva, 1977), com a finalidade de nos demonstrar que, para nós, tudo no Universo possui uma dimensão significativa, refletida em nossa capacidade de organizar, arrumar e dispor qualquer objeto, de forma coerente e estética. Contemporâneo de PEIRCE, Ferdinand de SAUSSURE, desenvolveu a semiologia, aplicada apenas à literatura, procurando o sentido oculto das mensagens literárias, como em Homero ou Proust; como tal, não cabe qualquer confusão entre semiologia e semiótica.

Charles Sanders Peirce

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O espírito: objeto de ciência?

De início, devemos considerar a distinção entre ciência no sentido em que os cientistas a concebem, como uma atividade restrita em laboratório, obtendo a comprovação de suas hipóteses. Não obstante, há também uma concepção mais ampla, baseada no fato de que ciência quer dizer conhecimento, obtido por meio de qualquer observação e coerente aos pressupostos de nossa racionalidade espontânea.

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