Dizer que a realidade do Universo, em sua essência, é pulsar quântico, significa entendê-lo como ondas oscilantes que se alternam constantemente em partículas, dentro das incertezas que cercam o mundo dos átomos (HEISENBERG). Porém, isto não se dá nas perspectivas da física clássica, por fazer parte do universo peculiar das micropartículas. Assim, este pulsar dá o perfil de todos os fenômenos que observamos, desde o surgimento ou extinção de planetas, como também as sístoles e diástoles dos batimentos de nosso coração. Como consequência, tudo se torna evanescente e virtual, pela incerteza e oportunidade de tudo o que ocorre. Continue lendo
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A conformação triádica do tempo
Em geral, o tempo parece ser um fenômeno uniforme, envolvendo a transformação contínua das coisas. Não obstante, nosso espírito consegue distinguir as características peculiares de seus três grandes aspectos, próprias da natureza específica dos universos a que estão submetidos. Continue lendo
O fim das coisas, retratado nos três Universos
Aparentemente, a morte significa o patético fim de nossos seres biológicos, limitados que estamos aos determinismos naturais. Não obstante, a morte nos parece importante à sustentação da vida, sem a qual esta não poderia se manter em sua continuidade. Em acréscimo, dotados de consciência e a partir dos instintos naturais de sobrevivência, ficamos com a convicção de que ela se resume apenas num processo natural de transformação, não possuindo estrutura essencial. Para isso, basta considerar nosso corpo envolvido em diferentes condições, quando relacionado, seja ao mundo cósmico, seja ao mundo quântico ou pelas características virtuais de nossa espiritualidade, que permite identificar-nos independentemente de nosso corpo, sendo este apenas um instrumento, uma morada do eu. Continue lendo
O mal apresenta aspectos virtuais
A ideia de mal surge de uma visão distorcida dos determinismos naturais, quando contrariam nossas expectativas pelo bem. Digo distorcida por constatar que o bem e o mal são estranhos aos fenômenos da Natureza. Ora, tal contradição faz os conceitos de bem/mal se tornarem virtuais, pelas próprias condições de nossa espiritualidade e pela tentativa de encontrá-los fora de nós. Tal antropomorfismo torna a discussão sobre tais valores bastante controversa, tornando-nos céticos em relação à sua consistência (anfibologia). Continue lendo
Chapecoense: predestinação ou acaso
O conceito de predestinação tem, em primeiro lugar, um conteúdo cristão: refere-se ao pressuposto de que Deus, sendo onisciente, sabe de antemão quem se salva ou quem vai para o inferno, tendo por base inúmeras citações bíblicas (São Paulo, nas cartas aos romanos e aos filipenses, de forma destacada). No sentido laico, a predestinação se baseia na crença popular de que nada acontece por acaso, de que tudo está previamente determinado, pela evolução sucessiva das ocorrências. Continue lendo
O Universo é, essencialmente, um processo virtual
As virtualidades constituem a realidade primária do mundo cósmico, pois o Universo, precário em sua existência, não possui nada de permanente ou estável. Compartilhando com o mundo de nosso saber (ciência, filosofia, arte e religião), permanece fortemente dependente de nossa espiritualidade. PIERRE LÉVY em sua obra O que é o virtual (SP, Ed 34, 1999) nos assegura que o virtual consiste na apreciação do real de uma forma diferente, não estática, mas dinâmica, momentânea, mas não irreal, simbólica, mas não imaginária, holística, mas não abstrata. Continue lendo
Reflexões sobre a imortalidade
De acordo com a recomendação de PLATÃO “filosofar é aprender a morrer”, é oportuno, então, nos dedicarmos a tratar desse tema tão complexo de nossa natureza, as indicações percucientes que confirmam nossa imortalidade. O ponto de partida aqui será o clássico dualismo, a tese que nos assegura a diferença radical que há entre nosso corpo e nosso espírito, como pensaram desde muito cedo SÓCRATES, PLATÃO, SANTO AGOSTINHO, DESCARTES, HEGEL e a maioria dos filósofos, que afirmam nossa realidade inteiramente dependente de um ESPÍRITO, estranho ao mundo material. Continue lendo
Perscrutando a vida do Espírito
O Espírito está em nós ao percebermos o surgimento do amor, da justiça, da verdade, do bem, da beleza, da vida e da liberdade, coisas que não se encontram no mundo da matéria, mas que são como luzes a guiar nossas inspirações. O encontro de qualquer um de nós com o Espírito se dá de forma virtual, ao observarmos que muitas coisas são etéreas, simbólicas, mas muito concretas em seus efeitos. Continue lendo
Manifestações extáticas da espiritualidade
CRISTO, o maior iluminado, é o exemplo mais notável de como o Espírito Paráclito pode atuar em uma vida, conduzindo-a à santidade. Entre vivências extraordinárias, as manifestações extáticas refletem práticas iluminadas de visões e milagres, de origem interna ou externa em mútua dependência. Contudo, na análise histórica do fenômeno, tornam-se preponderantes a presença de causas exteriores, motivando as perspectivas de uma revelação, como aconteceu com Buda e nas experiências dos grandes santos Joana D’Arc, São Francisco de Assis ou nas aparições de Lourdes, Fátima e Guadalupe. Continue lendo
Fundamentos objetivos da experiência religiosa
Sabemos que a experiência religiosa tem fundamentos subjetivos e objetivos. No primeiro caso, trata-se de motivações surgidas a partir de nossa condição vital, sujeita seja ao milagre de sua ocorrência, seja à sustentação de suas condições, precárias e sempre à mercê de suas fragilidades. Nossa condição orgânica sempre está a merecer cuidados, mantidos saudáveis apenas por constante vigilância, o que não esgota nossos limites naturais. É como se fôssemos criados para não aceitar o fato da morte. Dessa forma, deixar nossas fragilidades aos cuidados da providência divina resulta em forte alívio nas preocupações, corroborando nossas condições de serenidade e alívio quanto ao futuro de nossas vidas. Continue lendo