Holismo foi a simbólica criada por Arthur KOESTLER (1905/1983), pensador húngaro radicado na Inglaterra, obtida da palavra grega holos, que significa o todo, em combinação com o sufixo on (individual), que dá como resultado a palavra hólon, com o sentido de que, na Natureza, nada tem aspecto independente, mas que todo e partes se apresentam sempre em combinação de integração e individualidade, criando uma hierarquia de mútuas dependências (holarquia). Assim os átomos existem para formar substâncias; estas formam moléculas que criam órgãos que existem para formar organismos e estes existem para viver em relação, etc.
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Somos parcelas quânticas de luz
Para os físicos, a luz é um fenômeno quântico resultante do entrechoque de partículas carregadas de energia contrária, dando origem, como consequência, aos trovões e aos clarões de luz. E, na continuação, é a partir daí que toda a realidade aparece, pela formação do turbilhão energético que constitui as galáxias. Igualmente, com o surgimento de novos aparelhos, os cientistas puderam concluir que a luz é o elemento energético fundamental para o surgimento do macrocosmo.
O olhar humano depende da luz
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Em nosso corpo, de todos os cinco sentidos, o ver é o mais significativo deles, por nos permitir as mais inusitadas formas de captar o simbolismo inserido em seu desempenho. Colocado em lugar estratégico do rosto e muito próximo de nosso cérebro, o olhar humano, dependente da luz, tem o papel de permitir que nosso espírito entre em contato direto com tudo que percebe, ao interiorizar os efeitos dos raios luminosos que incidem sobre ele, distinguindo formas e cores:
Sol que ilumina
O brilho da retina
É fascínio que domina
Qual presença divina
Matéria, vida, consciência
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Matéria, vida e consciência constituem a trindade estrutural que nos envolve e representa o fundamento de nossas observações mais abrangentes sobre tudo que nos cerca, sendo, por isso, de um alcance que ultrapassa todas as dimensões, sejam elas produtos de nossos cinco sentidos, ou provenientes de nossas conceituações abstratas, nos demonstrando que existe no Universo uma dialética unificadora que sustenta a harmonia de todas as aparentes contradições.
A morte é uma transformação virtual
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O fato de que ninguém quer morrer é uma forte indicação de que a vida nunca quer ser interrompida, sendo a morte apenas um evento relacionado com o término funcional de nossos corpos. Por sermos dotados de uma natureza transcendente, com características peculiares que vão além do tempo e espaço, obtidas através de nossa consciência e espiritualidade, a garantia de nossa imortalidade é inferida. O corpo torna-se rígido, os ossos secam, pois são feitos de matéria orgânica que sofre entropia, como tudo no Universo. Porém, nossa espiritualidade, sendo de origem divina, é incorruptível.
Uma realidade não material
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A ciência universal oferecida pelos antigos pesquisadores era apenas mecânica, dependente de nossos cinco sentidos e dos preconceitos que pudessem transparecer qualquer forma de antropomorfismo que visasse comprometer a racionalidade científica. Com isso, não aceitavam p.ex. a teoria aristotélica das quatro causas (material, formal, eficiente e final), por considerá-las como produtos puros da imaginação filosófica. Não obstante, não há conhecimento que não seja antropomórfico, pelo simples fato de que é a inteligência humana que os cria. Corroborando, a atual mecânica quântica veio confirmar esta dependência, modificando completamente as maneiras tradicionais de fazer ciência, importando substituir também nosso conceito de realidade, que agora se manifesta virtual e puramente mágica.
Ressonâncias místicas
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Por ter em mim propriedades não naturais, ou uma consciência reflexa que me permite identificar-me comigo mesmo, expressando meu eu como dotado de criatividade, racionalidade, sentimento e liberdade, sinto-me possuidor de uma centelha divina que me diferencia de todos os outros seres, tornando-me, por isso, uma criatura não apenas animal, mas, sobretudo, espiritual.
Implicações cosmológicas da vida
Podemos nos referir ao surgimento da vida ao que o Gênesis nos expõe no Antigo Testamento: ‘nas trevas do abismo, o Espírito de Deus pairava sobre as águas’, pois Ruah é o espírito feminino a gerar o parto do Universo. De fato, como uma gigantesca explosão, o cosmos surge das entranhas do vácuo, em forma primitiva de luz e energia, sendo posteriormente povoado por centenas de coisas animadas e vivas. Dessa forma, pela herança bíblica, podemos nos certificar que a vida está in nuce em todo o Universo, como um possível que por sua existência, implica eo ipso um ser necessário, como diria LEIBNIZ.
A mística no caminhar
Como manter a sanidade, num mundo cada vez mais insano? Esta pergunta, presente no subconsciente de todas as pessoas que possuem lucidez, representa um desafio complexo cujos parâmetros de solução não estão mais nas mãos da coletividade, mas sim na atuação de cada pessoa em particular. Daí, nossa responsabilidade em contribuir para que seus efeitos prejudiciais não se tornem tão nefastos.
Consciência e Espírito
Todos os fenômenos que o ser humano observa na Natureza têm aparência virtual, em função de sua origem quântica, pois é assim que as coisas se estruturam, a partir de sua conformação atômica, o microcosmo. Em seguida, este, organizando o macrocosmo, condiciona a realidade que observamos conservando as mesmas características. Ora, o universo abstrato da consciência e do espírito não tem como fugir desse determinismo, com o acréscimo de serem transcendentes, ocupando uma dimensão superior.