Referir-se ao poder holográfico das palavras é relacioná-las à sua potencialidade de criar novas dimensões, como ocorreu no fenômeno físico-quântico do raio de luz, na experiência clássica desenvolvida por DENNIS GABOR, em 1947. Pois que as palavras proferidas por nós possuem um poder transformador da realidade, isto é algo facilmente constatado por nós em nossa experiência corriqueira, ao abrirmos a boca para proferirmos elogios ou impropérios.
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A morte em perspectiva transcendente
O tema referente à morte em perspectiva transcendente implica em fazer uma distinção entre a cultura Oriental (budista) e a Ocidental (materialista), pois os budistas encaram a morte como um momento de libertação das amarras do corpo, enquanto os ocidentais a enxergam simplesmente como uma perda irreversível da vida. Para os primeiros a morte é a entrada de nossa alma nos arcanos do nada que é tudo, enquanto o Ocidente materialista, não cristão, a vê como um fato recorrente advindo de uma Natureza indiferente.
O nada que é tudo
Dentro da semiótica da linguagem, importa aceitar o princípio lógico de que quanto mais um conceito é extenso, se aplicando a muitas coisas, menos ele se torna compreensível, por ausência específica de conteúdo. Como exemplo, o conceito mais extenso é o de SER, que se aplica a tudo, mas se torna muito próximo do nada ou do não ser (SARTRE), por não ter consigo um predicado específico que o identifique. Contudo, podemos alcançar o máximo de compreensão se nos referirmos apenas à individualidade dos conceitos, como a especificidade dos objetos e das pessoas. Em contraposição, para PARMÊNIDES de Eleia, o ser não pode não ser; é tudo, não havendo espaço para o nada.
Pai Nosso místico e poético
Pai Nosso transcendente
Criador do Universo emergente
Vós sois também imanente
Em nosso Espírito Consciente
Acolhei nossos pedidos insistentes
Concedendo-nos as graças de que somos carentes
E tornai nosso coração ardente
De amor por toda a gente
Ao chegar Tu nos abraça
E no calor de Teu regaço
Sentimos quebrado em estilhaço
Nosso desânimo ou fracasso
Aporias entre criação e destruição
Os acontecimentos não são contraditórios. É o nosso espírito que, ávido de manter as identidades, verifica possíveis alterações no estado de cada coisa, constatando possíveis aporias, pois, sem dúvida, podemos verificar que no mundo das probabilidades impera a virtualidade de todos os aconteceres. A verificação das reciprocidades se opera, portanto, em nível abstrato. Ora, a constatação desse fato gerou a primeira divergência no mundo pré-socrático (sec V a.C), entre PARMÊNIDES de Eléia E HERÁCLITO de Éfeso, o primeiro defendendo a estabilidade ontológica de tudo o que é, enquanto o segundo propugnava que tudo muda (panta rhei).
O Universo sob a graça feminina
Nossa cultura humana nasceu sob a forte influência masculina, em função da violência gerada pelas primitivas civilizações, que sempre exigiram dos homens o poder das armas para pacificá-los. Este predomínio está exaurido em seus propósitos, se considerarmos que as novas civilizações não permitirão mais a ocorrência de guerras e conflitos estando a necessitar de novos paradigmas de sustentação.
Podemos começar imaginando como seria diferente a cultura humana se vivesse sob a égide da predominância feminina. Seria como colocar o sentimento acima da razão, a meiguice em lugar da força, a beleza em lugar da geometria. Pois que o domínio dos homens sobre a política, a economia e a justiça não tem produzido os efeitos mais desejados pela civilização, gerando apenas guerras e conflitos sem solução, importa indagarmos como seria saudável esta mudança radical.
Nós, humanos, no turbilhão energético
A ciência nos tem demonstrado que o Universo é um processo gigantesco de energia, cabendo a nós, como pensadores, imaginar como este mecanismo físico primário pudesse se transformar em planetas habitados por seres vivos e, ainda mais, conscientes de suas próprias existências. Ocorre que esse fenômeno, complexo em sua própria natureza, não tem permitido que a ciência, até agora, fosse capaz de dar uma explicação convincente, ficando, pois, no nível apenas teórico, como suposições.
Pensar absoluto versus Pensar relativo
O pensar absoluto é aquele constituído pela lógica rigorosa de estruturação das relações de causa e efeito, conforme nosso espírito subjetivo consegue constatar quando evidencia as necessidades peremptórias que interligam todos os fenômenos. Dessa forma, imaginar que qualquer acontecimento tem sua origem numa situação antecedente não aleatória faz alusão a um determinismo que não concede nada ao acaso, tornando tudo como um relógio cósmico, como imaginaram ISAAC NEWTON e RENÊ DESCARTES, no séc. XVIII.
A Bíblia e a ciência atual
A Bíblia constitui um acervo literário clássico de muito valor, por conter um manancial de informações que ultrapassam a contingência do tempo, versando principalmente a respeito do que constitui a história da humanidade, desde o seu surgimento. Em acréscimo, com um enfoque privilegiado sobre as condições seja do surgimento de nosso universo, trata também do que seria necessário para que a humanidade pudesse deixar as suas trevas, para assim alcançar a sua integral libertação.
O sexo, sob perspectiva cultural
O cristianismo antigo sempre considerou a sexualidade como algo demoníaco e maniqueísta, que os modernos tendem a superar. Contudo, convém considerar se a atual libertação sexual tem sido fator de maior felicidade ou agregação social; só nos resta esperar que com a evolução educativa da humanidade, ela possa viver mais tranquila em relação a sua sexualidade. A visão cultural, semiótica e simbólica da sexualidade aqui proposta, pretende contribuir para um melhor equacionamento do problema.