O ser humano possui uma capacidade ínsita de interpretar tudo que lhe ocorre, organiza ou pensa, graças a presença, em sua mente, de um Espírito que o inspira. Dessa forma, não há nada em nossa mente que não guarde um sinal, signo ou significado inerente a qualquer acontecimento de que temos ciência, colocando-nos, portanto, numa dimensão não natural, considerada transcendente.
A palavra semiótica nos vem do grego semeion, e foi desenvolvida com precisão pelo pensador americano Charles Sanders PEIRCE (1839/ 1914) em sua obra Semiótica (SP. Ed Perspectiva, 1977), com a finalidade de nos demonstrar que, para nós, tudo no Universo possui uma dimensão significativa, refletida em nossa capacidade de organizar, arrumar e dispor qualquer objeto, de forma coerente e estética. Contemporâneo de PEIRCE, Ferdinand de SAUSSURE, desenvolveu a semiologia, aplicada apenas à literatura, procurando o sentido oculto das mensagens literárias, como em Homero ou Proust; como tal, não cabe qualquer confusão entre semiologia e semiótica.