A peça teatral de autoria de SAMUEL BECKETT (1906-1069), dramaturgo irlandês, escrita em 1953, trata dos dilemas surgidos pelas expectativas da presença e da ausência, o paradoxo de alguém que nunca chega, apesar da esperança dos personagens, que ao fim de cada capítulo, se frustra. Ele sofreu forte influência dos literatos seus contemporâneos, J. JOYCE, J. P. SARTRE e Albert CAMUS, sendo considerado o último dos modernistas.
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A dimensão espiritual de nosso saber
Nossa espiritualidade tem início em nossos sentidos externos, que posteriormente são percebidos através dos sentidos internos, sem os quais eles se perderiam em termos gnoseológicos, como ocorre entre os animais inferiores. Aqui se faz imprescindível a presença em nós de um poder abstrato (intencionalidade, nossa alma), sem os quais nossa interioridade não poderia formar conceitos. Tais experiências se colocam habitando um universo não material, só possível a partir da natureza superior de nosso Espírito (criatividade, racionalidade, sentimento e liberdade), privilégio de nossa evolução como raça inteligível, possuidora de uma potencialidade consciente. Vejamos as principais formas de alcançar a espiritualidade:
As dimensões transfigurantes
Nós humanos, reconhecemos nosso ambiente compreendido em três dimensões, cumprimento, planura e altura. Não obstante, a ciência tem verificado que o Universo envolve muitas dimensões e a teoria das cordas, uma das últimas no espectro microfísico, nos assegura que ele possui mais de dez dimensões (sic!). Dessa forma, pela ciência, também se constata que o Universo está recheado de dimensões transfigurantes, como ocorre na transformação do hidrogênio e oxigênio em água, e no surgimento de todas as combinações das substâncias.
Os sete dons de nossa alma
A complexidade da existência em nós de uma alma que reage ao sabor de suas potencialidades, segundo suas origens não apenas genéticas, tem como diferencial uma autonomia de motivações que caracterizam a sua originalidade pessoal, a sua transcendência em marcar nossa personalidade.
A vida, experiência micro-celular
Tratar o fenômeno da vida em suas diversas dimensões é tarefa profícua para nos aproximar da riqueza de seus aspectos semióticos, desde a sua presença em nível quântico, (intra-corpuscular), até atingir o nível biológico ou as demais dimensões em que ela se manifesta. Sem dúvida que a experiência da vida está presente em todas as manifestações do Universo, sendo ele mesmo dotado de autoconsciência (cfr. GOSWAMI, Amit, Universo Autoconsciente. SP, Ed Aleph, 2008). Constata-se, portanto, que a vida é um fenômeno recorrente que emoldura a própria riqueza da criação em seu design.
A forma vem antes da coisa
A existência de algo que pudesse transcender a neutralidade da matéria surge com PLATÃO (sec IV a.C), ao considerar a forma das coisas como o seu princípio ontológico (eidos), sem a qual nada poderia ser o que é. Esta forma, portanto, constitui a essência de qualquer coisa, se colocando numa atmosfera de substancialidade, não de fenômeno.
A criação trinitária
As pesquisas científicas até agora procedidas nos indicam que o Universo teve origem de uma forma complexa, variando desde uma criação a partir do nada (creatio ex nihilo), uma criação contínua (creatio continua), ou uma criação a partir de seu estado anterior (creatio ex vetere). Em perspectiva teológica, a criação a partir do nada está de acordo com a versão do Genesis (Gen 1,1), segundo a qual JAVEH no princípio criou o céu e a terra.
Sudário e ressurreição
Permanece viva a polêmica sobre a autenticidade do lençol de linho que teria envolvido o corpo de Cristo, no momento de seu sepultamento e até hoje a Igreja não o legitima, por falta dos dados necessários à sua certificação. Pesquisas recentes por meio do carbono 14, afirmam que a imagem no tecido data do século XIV, o que comprovaria a sua fraude.
Vivemos imersos em Universos Paralelos
A ideia da existência de Universos Paralelos surgiu a partir da física quântica, com a constatação de que nosso universo existe a partir de constantes cosmológicas, sem as quais ele não teria se formado: tais são a velocidade da luz, a força da gravidade, a coesão das micropartículas em Planck e Avogrado, etc, como formas de sustentação do equilíbrio do Universo. Dessa forma, se elas fossem diferentes, disso resultariam Universos Paralelos? Teoricamente a resposta é sim.
O inferno são os outros
Esta frase dita por J.P.SARTRE em 1944 durante a apresentação de sua peça teatral (Huis Clos), representa o ápice de uma cultura individualista que o século XXI não cansa de assumir, com todas as suas consequências maléficas, ocasionando a exasperação de uma política antissocial e egoísta que recusa assumir melhores condições de consideração a respeito da importância de nossa dependência para com os outros. Assim, aceitar o outro com suas virtudes e defeitos é um ato de caridade cristã que identifica nossas próprias qualidades humanas.