A transfiguração quântica dos significados

Assim como ocorre no campo da física nuclear, na qual são necessários saltos quantitativos de energia (os quanta, segundo MAX PLANCK) para dar origem a diferentes fenômenos, a transfiguração quântica dos significados diz respeito aos processos criativos de nossa inteligência, que insiste em obter novos sentidos e relações a partir de tudo que observa. Continue lendo

A trindade vivida em mim

No correr da vida, posso sentir a presença constante de três coisas preponderantes que estão sempre querendo me dominar: um desejo ilimitado de poder; o risco constante de fracassar, compensado por uma esperança tênue de vencer. Estes são os sentimentos de qualquer ser humano natural, que insiste em permanecer só e abandonado, sofrendo grandes frustrações. Contudo, o apoio da fé será muito eficaz para superá-los, bastando que relacionemos aqueles sentimentos de domínio com a força providencial do Pai, nossos sofrimentos e fraquezas com o sentimento amoroso do Filho e nossos consolos e esperanças com a ação inspiradora do Espírito. Continue lendo

A trindade no ser

Nossa observação da realidade percebe diferentes estados de ser, que por certo guardam uma estreita relação de interdependência e correlação. Se aparentemente essas dimensões nos parecem estanques e contraditórias, é porque nos tem faltado uma visão mais profunda e abrangente de como a realidade contém em si mesma a sua própria justificação, a conciliação de tudo sob a perspectiva de momentos transcendentes. Continue lendo

Seres humanos, espíritos em ação

A convivência humana em sociedade está de tal forma desvirtuada e agressiva que só uma revolução na maneira de considerarmos nossos semelhantes poderá de novo humanizá-la. Dessa forma, uma cruzada coletiva de conscientização poderia ainda minimizar muitos dos atuais pecados coletivos que afetam nossa civilização, o que não dispensa desde já a nossa própria transformação na maneira de convivermos com nossos semelhantes. Continue lendo

Os mistérios da trindade

Falamos em mistérios que cercam a Trindade, pela prevalência que exercem sobre ela o um e o dois. O Um, por ser o princípio de tudo, o poder infinito da criação, expresso na figura de Deus Pai Todo-Poderoso. Ele é a origem de todos os seres; já o Dois expressa o dualismo dominante em nossa realidade física ou mental, na qual corpo e alma, causa e efeito, vida ou morte, saúde ou doença, sim e não, tecem a trama de nossa vida inquieta. O Dois deflui do Um como resultado tempestuoso ao surgir toda a variedade dos seres criados. O Dois está configurado na pessoa de Cristo, o Filho destinado a recompor as mazelas da criação. Continue lendo

Valor moral dos sentimentos

A aprovação recente pelo Congresso Nacional do encurtamento dos prazos para se efetivar o divórcio representa um verdadeiro tiro no pé na ideia do valor moral de nossos sentimentos. Isto porque, com a nova lei, cai por terra qualquer chance de uma reflexão mais madura acerca de nossos impulsos afetivos, muitas vezes dominados por arroubos momentâneos de decisões impensadas. Continue lendo

Semiologia do conhecimento de Deus

Quando se trata de conhecer Deus, nosso vício permanente consiste em pensá-LO exclusivamente como objeto, um OUTRO que se opõe a mim como autoridade e juiz. Esta é uma opinião histórica que se encontra presente desde tempos imemoriais, resultante do hábito que temos de separar entre sujeito (que conhece) e objeto (que é conhecido), acrescida pelos preconceitos históricos de um masculinismo autoritário. Continue lendo

Por que não sou agnóstico

A palavra agnóstico diz respeito a nossa capacidade de conhecer (gnose), a convicção da impossibilidade de atingir o que seja a verdade ou a consistência final das coisas. Esta é uma atitude que tem sido muito comum entre filósofos e cientistas que concluem pela incapacidade, a partir da ciência, de alcançar qualquer razão transcendente. Trata-se, pois, de uma forma extremada de ceticismo. Continue lendo

Um diálogo entre filosofia e poesia

1) O Universo é indiferente aos desejos humanos. Somos Espírito numa terra estranha, que não tem resposta para nossas aspirações. Não obstante, o problema não é insolúvel e com certeza as respostas podem ser encontradas. Por isso, clama o filósofo: Faça-se a Luz! Continue lendo

Terrorismo e regimes de terror

Como instrumento de ação política, o terrorismo representa o estilo mais sorrateiro e o mais perverso nas lutas de enfrentamento pelo poder. Presente na história da humanidade desde os seus primórdios, tem o terrorismo adquirido em tempos recentes uma importância cada vez mais acentuada, fruto do agravamento dos contrastes culturais e das tensões políticas, agravadas pelo processo intenso de globalização. Continue lendo