O universo, um vídeo-game?

A partir da experiência da luz na dupla fenda (YOUNG, 1803), que demonstrou a luz oscilando entre onda e partícula, serve também para nos auxiliar em muitas conclusões quânticas como o princípio da incerteza, o Universo como modelo, um jogo preestabelecido, nossa mente como essencial na condução da pesquisa, etc.

Ora, este envolvimento necessário do espírito como fator presente nas experiências físicas passa a ser, agora, um fundamento seguro de como Ele é o leit-motiv do aparecimento do Universo, abrindo uma perspectiva que deixa para trás, definitivamente, as teses materialistas e iluministas dos séculos anteriores.

Insere-se aqui a ideia de bricolagem ou vídeo-game, os pressupostos mentais necessários para dar consistência ao propósito, o que supera completamente qualquer tese antiga e primária de determinismo, pois, como nos diz WILLIAM WALLACE em seu livro Natureza a Modelo (SP, Vide Editorial, 2023) cada grande setor de nossas ciências deve seguir os parâmetros naturais de consistência, numa análise de verificação espontânea, mas diferenciada.

Pois então, tais limites de contenção à ideia de simulação lúdica tornam-se necessários, em respeito aos dados históricos e consolidados da cultura, não permitindo devaneios imaginativos sem fundamento na experiência, em respeito até a própria consistência da ciência fragmentada.

Dessa forma, são abertas perspectivas de longo alcance referentes a uma história universal que tem sentido, um alfa e um ômega previstos no seio da evolução, como foi imaginado por TEILHARD DE CHARDIN, o padre antropólogo que viveu em nosso século. E não só isso, a inserção do Cristianismo no contexto cósmico, uma cristografia presente que por seus méritos sociais, éticos e religiosos, representa o que há de mais significativo na história humana.

Estas são perspectivas novas no mundo da cultura que merecem nossa devida atenção, pelas suas características de novidade jamais sonhadas por nossos ancestrais e que modificam completamente o panorama antigo da ciência galileu-newtoniana, que não tem nenhuma resposta às  novas posturas vislumbradas pela ideia de um Universo como simulação de jogo pré-estabelecido por nossas capacidades intelectuais.