É a presença do Espírito em nós que nos permite conceber as diferenças existentes entre os diversos estamentos que constituem a realidade que, não obstante, trabalham de uma forma holística, garantindo assim a sua complementação e sua mútua convivência, pois, não fôra isso, jamais teríamos um mundo coordenado.
Para começar, o mundo autônomo das matemáticas com seus números imaginários ( pi, raiz quadrada de -1), a fórmula de EINSTEIN (E=mc2), os cálculos das relações, que permitem a interpretação exata da mútua dependência entre os fenômenos físicos. Dessa forma, o universo das micropartículas se torna inteligível e a ciência pode verificar como elas funcionam a partir de uma forma completamente desordenada, e que, mesmo assim, permitem que a modernidade possa sentir os seus efeitos, sem, contudo, poder explicar como isto se torna possível (sic). Sem dúvida o mundo quântico que elas causam não é passível de explicação pela nossa mente, inserta em outra dimensão, no macrocosmo.
Outra realidade diferenciada é a dos micro-organismos, seres microscópicos que infestam até o nosso corpo, mantendo a sua sustentação, ora por bem , ora nos causando males, como as doenças que eles provocam. São as bactérias, os fungos e os vírus, com os quais nosso corpo mantém uma vida bastante íntima.
A próxima diferenciação em nosso mundo vivo é a dos vegetais, sem o qual os animais não teriam surgido, pois eles é que sustentam, pela fotossíntese, a alimentação das espécies. Hoje, a ciência reconhece que o mundo vegetal é dotado de inteligência, para a sustentação de sua vitalidade e sobrevivência, apesar dos fatores adversos a que está sujeito.
No que respeita aos nossos irmãos inferiores, os animais que possuem uma herança genética muito próxima da nossa, eles nos assustam por sua autofagia desenfreada, eliminando seus parceiros para poder sobreviver. Creio que essa autofagia está presente desde que eles surgiram, tornando o fenômeno da morte insignificante na sustentação de toda a realidade.
No que diz respeito ao mundo humano, nossas potencialidades espirituais são o que constitui nossa verdadeira natureza, pois tudo que já conquistamos em progresso e civilização, é proveniente delas. Não obstante, dadas suas ambiguidades, as potencialidades espirituais de que somos possuidores podem ser dirigidos para os caminhos do mal, cabendo a cada um de nós restarmos vigilantes, usando bem nossa liberdade.