A subjetividade humana encontra-se envolvida com três diferentes paradigmas, mas intimamente relacionados numa dialética implicativa, transformando a realidade de nossa vida de uma maneira radical, na medida em que nos sentimos perplexos ao procurar compreender suas complexas relações.
Assim, a partir da realidade física de nosso corpo, dentro de uma fragilidade que chega ao ponto de nos deixar assustados, apesar de seu funcionamento harmônico, sentimo-lo imprescindível pelo fato de conter os demais. Por outro lado, possuidor de uma complexidade hormonal fora do comum, não nos impede de pensar que sua criação não foi fruto do acaso, mas resultado de uma evolução deliberada quanto a seus objetivos.
Como repositório de uma alma, esta envolvendo toda a nossa subjetividade consciente e emotiva, restamos abertos a um mundo de mecanismos etéreos que nos dominam, tornando-nos partícipes de um universo recheado de virtualidades que sintetizam nosso caráter, pela prática de muitas coisas boas e ruins, segundo nossa índole ou destino.
Por outro lado, em verificação histórica, podemos constatar que a cultura semítica, perdida na noite da história, não soube fazer a distinção entre alma e corpo, que foi resultado das culturas grega e posterior. A saída, para os hebreus, foi encontrá-la no mundo do Espírito, como se constata com muita nitidez no Cristianismo e nas Cartas de S. PAULO.
Como complemento, numa síntese dialética, o Espírito nos faz partícipes de um universo transcendente, nos capacitando de criatividade, racionalidade, sentimento e liberdade, as quatro características que o incluem, transformando-nos em seres humanos partícipes das Divindades, por nossas capacidades revolucionárias, não naturais.
O futuro agora se nos apresenta recheado de espiritualidade, ultrapassando a fixidez dos dogmas, assumindo uma visão de cultura liberta de seus obstáculos doutrinários, renovando assim um mundo de liberdade e crença com base em suas mensagens renovadoras, tudo dependendo do ardor de nossa fé. Como os antigos que consideravam seus deuses semelhantes aos astros, agora por meio de um paralogismo simbólico, vamos considerar nossa natureza como semelhante à Santíssima Trindade: Jahvé, semelhante a nosso corpo; nossa alma como semelhante a Cristo e nosso espírito como semelhante ao Espírito Santo. Assim, Jhavé é a fortaleza de nosso corpo, Cristo é a alma da vida e o Espírito Santo é o vigor de nossas virtudes ou defeitos.