E a ciência reencontrou o criador

Se a ciência física do sec XVII tornou dispensável a ideia de um Criador, destruindo a ortodoxia aristotélica da Idade Média, a ciência física do sec XX foi assombrada com a transformação de suas bases teóricas, pela descoberta do mundo das micropartículas ou a teoria dos quanta.  A partir daí, tudo ficou fora do determinismo clássico imposto por NEWTON e DESCARTES, transformando o Universo num jogo provisório de probabilidades, implicando então a nessidade de um Criador para colocar a ordem no caos.

Até hoje os cientistas não conseguem compreender como o Universo se formou, dados os profundos paradoxos que envolvem a organização das coisas, na qual a participação de nosso conhecimento exerce uma interferência necessária, sem a qual nada se constata. Torna-se, portanto necessária a presença essencial do espírito humano interferindo no processo, transformando a ciência em apenas uma resposta humana auferida pela complexidade material das coisas, sejam micro ou macrocósmicas.

Ora, a necessidade dessa presença do Espírito para consubstanciar o sentido dos fenômenos físicos é realmente um ponto crucial que nos obriga transformar todas as nossas observações naturais, passando a reconhecer que o Universo é um complexo holográfico, no qual todas as suas partes estão implicadas, um design consciente transformando tudo em processo de informação deliberada.

Dessa forma, ficam reabilitadas todas as formas clássicas de crença e misticismo, um processo exotérico acessível a qualquer pessoa que deseje superar seus condicionamentos físicos, abrindo-se, de forma natural e espontânea para uma realidade que não é apenas matéria, mas que está envolvida em precedentes não materiais.

O Espírito passa a ser, então, o móvel universal de todo o processo evolutivo, envolvido que está, subjetiva e objetivamente, comprometido na essência de toda a Criação. Como criatividade, racionalidade, sentimento e liberdade, Ele forja os destinos universais do cosmo e das pessoas, cabendo-nos apenas sermos dóceis a seus apelos de graça e verdade. Dessa forma, a ciência contemporânea nos obriga a sermos submissos a uma ordem cósmica de natureza idealística e transcendente às aparências da materialidade física.