A plenitude da graça (em homenagem ao Papa Francisco)

A plenitude da graça é aquela que só é alcançada quando a pessoa se dedica inteiramente a um mister, desprezando qualquer interesse, mesmo que sejam por egoísmo pessoal. Sem dúvida, há aqui um paradoxo ético, já denunciado por KANT, segundo o qual é impossível ao ser humano em suas ações, livrar-se da obsessão de sua procura pelo Bem, mesmo que seja a si mesmo referido. Sem dúvida, este fato é mais uma graça a nós concedida, resultado de uma compensação  pelos esforços que porventura tenhamos despendido na prática das virtudes éticas.

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Os fins são transformações

Inúmeras evidências nos indicam que a Natureza desconhece a ideia de fim, por colocar tudo em transformação, ou seja,  é a transformação que, no macrocosmo, se nos aparenta ser um fim, porém, ao contrário, no micro cosmo, algumas partículas são eternas e noutras as  transformações são contínuas, imperceptíveis, sem fim. Dessa forma, devemos considerar a ideia de fim como uma intrusão.

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O espírito, além dos infortúnios

O Espírito, contrariando tudo que a Natureza nos apresenta, é dotado de uma característica peculiar: ser dotado de poderes neutralizantes, nos quais tudo parece enquadrado em suas necessidades. Por isso, Ele sofre muito em suas relações com o mundo material, do qual Ele é completamente diferente. Inserido em nosso corpo como um hóspede malquerido, não vê a hora de se libertar de tantas limitações.

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Os deserdados da fé

Os deserdados da fé são os ateus, que não aceitam os benefícios concedidos àqueles que se curvam às evidências da crença e que a cultura leiga insiste em cultuar, em nome de uma suposta liberdade de opinião. Contudo, seria um bom começo se pudéssemos vislumbrar o dia em que a modernidade passasse a ser mais tolerante com as manifestações sagradas da fé religiosa.

Nossa Senhora de Lourdes

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O advento da astrobiologia

O conceito de astrobiologia, criado pelo antropólogo francês RENÉ BERTHELOT (1872/1960), representa uma abordagem moderna referente às relações existentes entre os astros e a vida humana, que já era conhecida como astrologia, ou o conhecimento das influências celestes em nossa vida. Mesmo com esse reconhecimento, soube determinar a analogia profunda que os distingue, não mais considerando o céu como a morada dos deuses.

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Mito ou pan-materialismo

São notáveis as diferenças entre o pensamento antigo e o moderno. Depois das pesquisas científicas que, a partir do sec XVII, alteraram completamente as maneiras de encarar a realidade, pensadores europeus se interessaram em pesquisar quais seriam essas diferenças. GEORGES GUSDORF, LÉVY-BRUHL, ESNEST CASSIRER, MAURICE LEEHARDT, entre muitos outros, passaram a nos fornecer informações importantes sobre tais diferenças.

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Imanência versus transcendência

Imanência (física) e transcendência (metafísica) são dois paradigmas que aparentam ser antagônicos, mas não são, por serem complementares em suas performances. São dois caminhos necessários a inteireza de nossa compreensão da realidade em sua dinâmica. Enquanto a imanência surge a partir da causação ascendente, de baixo para cima, o paradigma transcendente surge a partir da causação descendente, de cima para baixo.

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Os malogros da modernidade

A humanidade ainda não soube avaliar os malefícios que a modernidade acarretou para a cultura em geral. A partir do século XVIII, foi o cientificismo imperante que causou os graves efeitos na cultura tradicional, acreditando que o império da razão, por si só, seria suficiente para transformar o Universo num mundo da paz e felicidade. Em acréscimo, pensadores libertos da metafísica tradicional, como DAVID HUME, EMMANUEL KANT, FRIEDICH NIETSCHE, JEAN PAUL SARTRE e MARTIN HEIDEGGER, entre outros, se tornaram os protagonistas de uma decadência conceitual que abalou séculos da filosofia clássica.

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A negação do negativo

Pois que todas as nossas percepções de contrariedades repousam no Espírito, será através d’Ele que haveremos de encontrar a superação de tudo que se nos apresente como negativo. Sem dúvida, nossa dependência a causas materiais é que dá origem às contrariedades que sofremos, mas que, no final, não são mais do que momentos de transformação, pois que sua realidade é virtual.

-A-B = +AB

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